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Trabalhadores adquiriram mais de 48 mil tratores, 4,35 mil caminhões e 537 colheitadeiras
Desde 2008, o Mais Alimentos
financiou R$ 9,2 bilhões, em 194 mil contratos para apoiar o
investimento em capacidade produtiva da agricultura familiar, que passou
a contar com mais de 48 mil tratores, 4,35 mil caminhões, 537
colheitadeiras e mais de dez mil ordenhadeiras. Para agricultores que
desenvolvem atividades de pecuária de leite, foram financiados mais de
48 mil itens, como animais (matrizes e reprodutores), currais, barracões
e tanques de resfriamento, de acordo com balanço divulgado nessa
segunda-feira (20) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Na safra 2008/2009, os contratos para compra de tratores
predominavam, com 76% dos financiamentos. Já na safra 2010/2011,
correspondiam a 40% e os demais itens representavam a maioria, 60%. Na
safra 2011/2012, os outros itens foram responsáveis por 64% e os
tratores por 36%.
O coordenador do programa, Marco Antonio Viana Leite, diz que a
demanda está mudando. “O agricultor continua comprando trator, mas está
financiando mais implementos, mais animais, fazendo outros
investimentos”, diz. “A partir desta safra (2012/2013) abrimos, também, a
possibilidade de comprar mais”. Pelas novas regras, o limite individual
permanece em R$ 130 mil, mas o agricultor que já financiou esse valor
tem a possibilidade de fazer um novo empréstimo, chegando até R$ 200
mil.
Programa - Lançado em
2008 como uma das medidas para combater a crise financeira
internacional, o programa visa incrementar a produtividade da
agricultura familiar, por meio de uma linha de crédito direcionada à
modernização da infraestrutura das unidades produtivas e da realização
de parceria com a indústria nacional para ofertar produtos a preços mais
acessíveis.
O programa contempla projetos associados a todas as culturas e
atividades agropecuárias, com investimentos em máquinas, melhoria
genética e correção e recuperação do solo. Entre os 3,6 mil itens
financiados, há resfriadores de leite, equipamentos de irrigação,
armazenagem, estufas e plantio de pomares.
O financiamento pode ser concedido para itens novos produzidos no
Brasil que constem da relação da Secretaria da Agricultura Familiar
(SAF/MDA) e da relação de Credenciamento de Fabricante Informatizado
(CFI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
atendam aos parâmetros relativos aos índices mínimos de nacionalização.
Itens que não constem na relação da SAF e da CFI também podem ser
financiados, dentro do limite de R$ 5 mil por item.
A partir desta safra, os créditos de investimento têm limite de até
R$ 130 mil por ano agrícola. Admite-se financiamento de máquinas e
implementos agropecuários e estruturas de armazenagem, com limite
individual de até R$ 200 mil e na forma de crédito coletivo de até R$
500 mil. "Já mapeamos onde estão esses agricultores com DAP [Declaração de Aptidão ao Pronaf]
– e alto potencial de acessar o Mais Alimentos. Vamos ter um foco de
ação mais concentrado nesses municípios", diz Marco Antonio Viana.
Programa movimenta 3 vezes mais recursos
O volume negociado no programa saiu da ordem de R$ 1 bilhão anuais
para os atuais R$ 3 bilhões. Na safra 2011/2012, encerrada em junho
deste ano, o Mais Alimentos financiou 65 mil contratos, 20,4% mais do
que os 54 mil de 2008. “Esse crescimento demonstra que a agricultura
familiar como um todo está se modernizando”, afirma o secretário de
Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller.
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